sábado, 2 de julho de 2011

Alegoria da Caverna, Platão.


“Depois disto – prossegui eu – imagina a nossa natureza, relativamente à educação ou à sua falta, de acordo com a seguinte experiência. Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo o comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça, por causa dos grilhões; serve-lhes de iluminação um fogo que se queima ao longe, numa eminência, por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho ascendente, ao longo do qual se construiu um pequeno muro, no género dos tapumes que os homens dos "robertos" colocam diante do público, para mostrarem as suas habilidades por cima deles [...]”.


Platão nasceu e morreu em Atenas (428/427 a 348/347 a.C.). Pertencia a tradicionais famílias de Atenas e estava ligado a figuras eminentes do mundo político. Na mocidade, encontra-se com Sócrates cuja união irá se dispersar apenas por ocasião da morte de seu mestre. Em 387 a. C., funda sua própria escola de investigação científica e filosófica – a Academia –, a partir daí, durante de cerca de 20 anos, dedica-se ao magistério e à composição de suas obras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário