quarta-feira, 6 de julho de 2011

Parmênides.

“O que é”, sendo “o que é”, terá de ser único: além do “o que é” apenas poderia existir, diferente dele, “o que não é” – o que seria absurdo, pois significaria atribuir existência ao não-ser, impensável e indizível.

Não há data segura quanto ao nascimento e morte do proeminente filósofo pré-Socrático Parmênides. Viveu no final do século VI e começo do século V a. C. em Eléia, sua cidade natal. Seu arcabouço lógico funda-se nas primeiras cosmosgonias filosóficas, centralizado na noção de unidade que é tratada com estrito rigor racional. Deixou um poema apresentando suas idéias filosóficas.
         Nesse poema, apresenta o que seria a “via da verdade” (aletéia), distinguindo-a da “via da opinião” (doxa), esforço que se configura em uma primeira formulação explícita do princípio da identidade: “o que é, é – e não pode deixar de ser”. Na primeira via, o homem conduzido apenas pela razão (sem se deixar influenciar, portanto, pelas informações dos sentidos que o colocaria no nível das opiniões) põe, de um lado, a unidade e, de outro, a multiplicidade e o movimento percebidos.

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